quinta-feira, abril 28, 2011

Venho da vastidão azul
do teu corpo
em água

Levas-me nas ondas
onde o rebentamento
ecoa o grito
o deslumbre

Examinas o meu rosto
onde as algas escorregam
no marulhar mistério

É este o efeito placebo
segregando
particular proteína

Empurras eficazmente
as minhas células
para a concha
dos teus neurónios

Deslizas
para mim.

segunda-feira, abril 11, 2011






Eu sei que o amor não é 
nenhuma sucessão de Fibonacci
Talvez seja um puzzle complexo,
uma gota de orvalho
na sua queda simples, nos teus braços.

Eu sei que o amor não é
nenhuma fórmula, nenhum sistema.
Talvez seja universo ou poema
sentido e nunca decifrado
no brilho dos teus olhos
que rasga o céu soltando as asas,
na agitação ou na calma das águas,
â procura de um sítio para ficar,
o amor é uma ilha, é um deserto.
Pode ser tudo o que não tem conserto.